A mielopatia cervical espondilótica (MCE) é uma doença degenerativa da coluna cervical, secundária a uma estenose do canal vertebral cervical (por abaulamento/hérnia do disco intervertebral, hipertrofia (aumento) das articulações das vértebras (articulações facetárias), osteófitos posteriores ("bicos de papagaio" na região posterior do corpo vertebral) ou pela hipertrofia do ligamento amarelo (ligamento na parte posterior do canal vertebral).
Nesta doença há compressão e lesão da medula espinhal cervical, podendo o paciente apresentar sintomas como cervicalgia/cervicobraquialgia (dor no pescoço e nos braços), tetraparesia (fraqueza nos braços e pernas), espasticidade (braços e pernas enrijecidos), hiperreflexia (exacerbação dos reflexos nos braços e pernas), dificuldade para caminhar, alteração do controle da bexiga e intestino, etc.
Possui como um de seus principais diagnósticos diferenciais a esclerose lateral amiotrófica (ELA).
O paciente com mielopatia cervical espondilótica e sinais de sofrimento medular deve ser submetido a tratamento cirúrgico, que visa estabilizar o quadro atual do paciente e evitar a piora dos sintomas, entretanto normalmente ocorre melhora dos sintomas presentes.
A cirurgia a ser realizada varia de acordo com vários parâmetros, devendo o neurocirurgião assistente avaliar a melhor abordagem para cada caso.
No link abaixo você pode acessar um artigo científico que publiquei no European Spine Journal sobre este assunto (produto de minha dissertação de mestrado):
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2899963/pdf/586_2009_Article_1267.pdf
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